15/03/2009

Oi tum tum, bate coração...

Verbo do dia: BATUCAR
Tempo: TODOS


Bom dia, meu nome é Flávia d’Olodum.

Pois bem, eu preciso expor aqui minha ‘síndrome de batucada’.
Se existe mesmo esse lance de reencarnação acho que eu era de algum quilombo, tenho um pezinho na senzala, ‘tocadeira’ de tambor, viu!? Lerê, lerê... (putz, me imaginar negona e beiçuda foi f*, não porque tenho preconceito, o lance é que eu sou branca de marré-de-ci e não dá mesmo pra imaginar... rs)
O que mais me chama atenção nas músicas (depois das vozes, é claro!) é a BATUCADA, desde a sutileza da bateria numa Bossa, com aquelas vassourinhas tirando suspiros nas caixas da batera, até os ataques frenéticos das baterias de escola de samba. Me arrepio inteira e gosto de ouvir os detalhes, os repiques, as paradas. Coração bate junto.
Esses percussionistas tiram som das coisas mais diversas: moringas, chaves, pratos com facas, potinhos de iogurte com arroz, enfim, é muita criatividade e eu fico maluca com isso. De Barbatuques prefiro não falar, porque acho uma falta de educação imensa eles baterem na bochecha e tirarem aqueles timbres todos. Me dá ‘ímpio’ retumbante.
Ah, mas o instrumento que mais me excita nesses todos é o tal do ‘cajón’, aquela caixa que o povo senta e bate entre as pernas, tem timbre grave, o som é quase um soco na boca do estômago, preenche, deixa erótico, sei la... rs
Inda vou ter um e aprender até a tocar, me aguardem.
Batucar em mesa de boteco é inevitável, quase um vício e eu adoro...
Quando canto não consigo sossegar os pés na marcação, é quase uma ‘síndrome das pernas inquietas no compasso’.
Pronto, agora vocês já sabem que eu queria mesmo era tocar tamborim na bateria da Salgueiro, e o enredo deles esse ano era ‘TAMBOR’. Enlouqueci.
Pronto, contei de onde vem minha afro-descendência.

Saravá, meu pai! (risos)

Vamos BATUCAR? Esse é o verbo da semana, ora pois!
Usem no tempo que quiserem.
Eu batuco em todos e sempre... rs

6 comentários:

Rafael Freitas disse...

Nuss!
Bem que vc disse que eu gostaria, Regatinha!
Adoro batucar também e ainda vou aprender a tocar pandeiro como se deve!

Eu tenho a síndrome das pernas inquietas e tenho os dois pés na senzala também.

Eu queria ser negão, gente!

Jorge, FLÁVIA disse...

momento confissão... rs

Anônimo disse...

Sim!
Confesso!
Tudo pra ter uma voz daquele jeito!

Rafael Freitas disse...

Eu sou o anônimo. rs

Anônimo disse...

GENTE .. também estou nessa confissão de adolescentes hahahh
.
tenho essa síndrome
queria ser negona
quero tocar pandeiro
e quero ver a Flavíssima tocar cajón.

beijocas, pipocas e paçocas.

Rosana Tibúrcio disse...

Que coisa mais chique isso de gostar assim, tão demasiadamente, de um instrumento.
Eu queria ser musicista tumbém. Acuma? Nem ritmo eu tenho, desafino até falando.

Gostei desse post!!